Área de Direitos Humanos do IA promove 2º Encontro de formação, avaliação e planejamento

 
 
 

Foto de encerramento do Encontro da equipe de Direitos Humanos. Marcio Lupi apresentando os resultados do Projeto #RefazendoSonhos. Adriana Nascimento partilhando experiências vividas no Projeto Proteção nas Fronteiras. Luciana Borges apresentando os impactos obtidos com o Projeto Empoderando Refugiados.

Partilhar e avaliar resultados dos projetos de 2019, estudar temas relevantes para abordagem pedagógica da equipe e programar os passos de ação para 2020. Estes foram os objetivos do 2º Encontro da área de Direitos Humanos do Instituto Aliança (IA), realizado entre 29 e 31 de janeiro de 2020. O evento aconteceu no salão de eventos do Edifício Porto Enseada Residence, em Salvador, e contou com a participação das equipes dos projetos Proteção nas Fronteiras, Catavento, #RefazendoSonhos, Reiventar e Empoderando Refugiadas.

Inteligências Múltiplas, Aprendizagem Cooperativa e Violências autoprovocadas foram alguns temas abordados durante o Encontro. Para abordar o tema das violências, o IA convidou Ana Paola Robatto Nunes, psiquiatra especializada em Infância e Adolescência pela Universidade de São Paulo (USP), professora do Departamento de Pediatria da UFBA e perita da Junta Médica Oficial do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. A apresentação dialogada do tema trouxe um rico momento de discussão para o grupo, com observações que apontaram para recortes instigantes, tais como relação do bullying, agressões, humilhações e abusos, fatores genéticos e epigenéticos e treinamento parental.

Para Ilma Oliveira, diretora do Instituto Aliança e coordenadora geral da área de Direitos Humanos, o Encontro é um importante espaço de ampliação dos olhares, das análises conjunturais, bem como um lugar da criticidade, da abertura ao novo e da percepção de ações conjuntas nos diferentes projetos da área. “Aqui, fortalecemo-nos, falamos, ouvimos, opinamos, sugerimos, tudo com muita competência e respeito. É também um local propício para ampliar a visão institucional, gerando nos participantes um sentimento de gratidão e pertença; um sentimento que aponta certeza de ‘estar fazendo parte’”, ressaltou Ilma.

Presente no Encontro, a consultora técnica do Projeto Proteção nas Fronteiras, Sandra Santos, partilhou suas percepções: “Os encontros da área de DH têm sido importantes espaços de estudo e de troca de aprendizagens. São momentos em que apresentamos o que fazemos para olhares de outros profissionais, que, por sua vez, nos brindam com ideias e sugestões que em muito contribuem para a mudança de rumos e redesenho de impactos. Nesta perspectiva, a troca com a médica especialista em infância e adolescência, no que se refere às violências autoprovocadas, foi de muito valor para a nossa prática cotidiana e para entender que estamos diante de um fenômeno complexo, mas que nos impulsiona a entender mais para melhor agir. Parabéns à área de Direitos Humanos por mais esta conquista!”.

 

Adriana Nascimento na apresentação das atividades vivenciadas em cinco municípios de fronteiras.

 

Josy Eloi e Sandra Santos no momento de análise dos impactos do Projeto #RefazendoSonhos.

 

Marina de Luca e George Vladmir atentos durante a apresentação do Projeto Empoderando Refugiados.

 

Alan Sueira, educador do Projeto #RefazendoSonhos.

Contexto atual – Graça Gadelha, consultora da área de DH do IA que apoia os temas trabalhados nas equipes em cada projeto, destacou em sua fala a importância de debater os temas ligados aos Direitos Humanos, principalmente diante do atual momento político pelo qual o Brasil está passando. “É sempre com muito entusiasmo que participo desses momentos de compartilhamento de experiências e de aprendizados com a equipe da área de DH do IA. O contexto em que estamos vivendo em termos de retrocessos no campo das violações de direitos humanos no Brasil exige de cada um nós, enquanto equipe, um permanente trabalho de retroalimentação de informações e de forças para seguir na crença de que é possível minimizar os impactos em relação ao alcance dessa problemática, principalmente para o público-sujeito que atendemos. Por outro lado, é gratificante, nesse processo de avaliação da área, constatar a competência e o compromisso de toda a equipe no desenvolvimento dos projetos e na produção de resultados consistentes, mesmo com todas as adversidades oriundas das múltiplas complexidades nos diferentes territórios abrangidos pelas ações desenvolvidas por este Instituto”, ressaltou a consultora.

Desdobramentos – O Encontro seguiu com dinâmicas de aquecimento, vídeos e abordagens que permitiram uma retomada nos resultados alcançados em 2019, nos diversos temas trabalhados na área de DH: Violência Sexual, Trabalho Infantil, Refúgio e Migrações e Trabalho em região de fronteiras. Tudo para avaliar, como sinalizou Marcio Lupi – coordenador pedagógico do Projeto #RefazendoSonhos–, os passos dados e monitorar os impactos gerados pelas mudanças que cada projeto se propôs alcançar. “A nós cabe o compromisso de revisitar os passos dados para avaliar a possibilidade de novas perspectivas de ação e especialmente de mudança. É importante que a gente se pergunte sempre: ‘o que queremos mudar com as ações que desenvolvemos?’. Tais indagações apuram o nosso olhar e permitem um planejamento mais crítico e voltado para resultados e mudanças concretas, sustentáveis”, explicou Lupi.

A conclusão foi marcada pelo planejamento das ações de 2020, feita pelas equipes de cada projeto, culminando com a apresentação dos pontos mais urgentes e, entre eles, os mais relevantes para cada realidade de atuação. Luciana Borges, que atuou como educadora de Resiliência Emocional e Projeto de Vida nas duas turmas do programa Empoderando Refugiadas em Salvador, afirmou estar empolgada e satisfeita com o que percebeu nos dias de troca e reflexões. “Conhecendo melhor nossos projetos e resultados em 2019, fiquei muito feliz em constatar o quanto de excelência, engajamento e mobilização geramos. Tenho muita admiração pela nossa equipe, profissionais que têm, literalmente, escrito a trajetória dos direitos humanos no Brasil. Que bom que faço parte desta história! Que bom que nosso trabalho é uma resposta política eloquente!”, concluiu a educadora.



Equipe de Direitos Humanos no final do Encontro.

Momento de encerramento da palestra da Dra. Ana Paola sobre o tema Violências Autoprovocadas.

Equipe do Projeto Catavento, área de Direitos Humanos.

 
 
 
 

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