Metodologia design thinking amplia resultados positivos do #RefazendoSonhos

 
 
 
Agatha Araujo apresentando o protótipo da equipe do Luiz Palmeira, produzindo o cartaz da campanha Bullying não é brincadeira!. Ação para a colagem do cartaz da campanha Bullying não é brincadeira no Colégio Luiz Palmeira, turno da manhã. Equipe reunida, com o educador Diego, do suporte à tecnologia para produção do vídeo.


Criar soluções simples para problemas vivenciados no ambiente escolar, como o bullying e a dificuldade de aprendizagem. Este foi o desafio cumprido pelos adolescentes participantes do projeto #RefazendoSonhos, em julho, momento que marcou a reta final da formação. Com a turma 2023.1, a equipe do Instituto Aliança inovou ao adotar o design thinking para estimular novas ideias na abordagem a problemas complexos, com foco no ser humano. Os resultados trouxeram impactos positivos para os jovens e educadores.

Na experiência de se colocar no lugar do outro (um dos princípios da metodologia do design thinking - etapa também chamada de “empatizar”), os adolescentes tiveram a oportunidade de propor soluções para problemáticas vivenciadas em oito escolas do município de Simões Filho (BA). Visitas, entrevistas com alunos e professores e observação dos problemas mais urgentes apresentados fizeram parte da atividade.

 

Turma do matutino na reunião de alinhamento com a gestora da Escola CNID.

 

Ação realizada na escola Alberto Silva visando apresentar a campanha Não é bullying, é violencia!

 

Primeiro diálogo ocorrido na Escola Luiz Palmeira, turno da manhã, na presença da coordenadora e da psicóloga da escola.

 

Alinhamento na Escola Alberto Silva com a coordenadora Jéssica.


Dos problemas mapeados, o grupo escolheu: dificuldade de aprendizagem; relacionamento entre professores e estudantes; bullying; e violência sexual. Ao pensar nas soluções, o único pré-requisito colocado foi que elas fossem realizadas pelos próprios adolescentes, com o objetivo de fortalecer o senso de liderança e de protagonismo em cada um. Os resultados alcançados foram enriquecedores para todos, como avaliou o educador Pedro Henrique Amado: “Foi interessante perceber como eles e elas puderam se desafiar e potencializar a empatia e o olhar para o problema escolhido. A ida às escolas para apresentar a proposta foi assertiva, as sugestões e críticas foram bem recebidas e reverberaram positivamente. Esse movimento promoveu o aperfeiçoamento da ação, além de engajar os nossos adolescentes cada vez mais”.

 

Apresentação dos cards da campanha Bullying não é brincadeira! para serem divulgados nas redes sociais da escola, equipe do Luiz Palmeira turno matutino.

 

Apresentação do pitch, momento em que as equipes apresentam o protótipo que idealizaram.

 

Os adolescentes construíram sua matriz CSD (Certezas, Suposições e Dúvidas) a partir da identificação do problema que eles resolveriam.

 

Natali Gonçalves de Farias lendo as ações que serão realizadas pela equipe.


Empatia


“As intervenções realizadas nas instituições de ensino revelaram fatos surpreendentes, como em uma das rodas de conversa, quando o professor da escola visitada participante da atividade relatou aos seus estudantes que tinha perda auditiva e, por isso, não escutava direito. A revelação foi suficiente para despertar nos estudantes um novo olhar para esse professor, que era tido como “grosseiro” por falar muito alto. Entre pedidos de desculpas, uma nova relação entre aquele educador e seus alunos pôde recomeçar”, disse Márcio Lupi, coordenador do projeto.

Os adolescentes também relataram ter passado por uma grande mudança ao participar do projeto, como relatou Yoli Teles de Jesus, de 13 anos: “Eu cheguei aqui muito insegura comigo mesma, eu não conseguia falar com ninguém por medo, sempre vinha ao núcleo de máscara e sentia que ela era uma proteção para mim. Em um dos feedbacks, os educadores me falaram sobre isso e me permiti tentar ficar sem ela em alguns períodos, mesmo com medo eu ficava nervosa, mas depois fui fazendo amizade, fui me soltando. O que mais curti no projeto foi aprender sobre racismo e sobre respeito, que são indispensáveis para a boa convivência. Hoje em dia, posso dizer que sou confiante e que melhorei muito, mas sei que ainda tenho muito a melhorar”, refletiu.

As mudanças também foram percebidas pelos familiares. Lidiane Sueira, responsável por Esther Sueira, 13 anos, fez questão de deixar o seu relato: “Estou muito feliz com o desenvolvimento da minha filha e percebo diversas mudanças nela. Depois que ingressou no projeto, ela passou a rir mais, a compartilhar os sentimentos dela, a ficar um tempo maior com a família, até diminuiu o tempo no celular. Começou a pensar no futuro e construir planos. Hoje, ela se posiciona diante das situações, emite opiniões, porque outrora ela apenas me olhava quando confrontada, passou a dormir mais cedo, ou pelo menos aceitar ir para cama sem reclamar”.

 

Educadora Tais Tavares auxiliando a equipe na produção da sua matriz CSD.

 

Adolescentes Maria Clara e Thaiane Ferreira organizando a preparação da sua equipe.


Saiba mais – O #RefazendoSonhos é um projeto de desenvolvimento pessoal e social para a garantia de direitos de crianças e adolescentes, com foco na prevenção à violência sexual. Financiado pela Kindernothilfe, por meio de seu escritório da KNH Brasil – Regional Sudeste e Centro-Oeste e Estado da Bahia, desde 2016, tem como parceiro técnico o Instituto Aliança; como parceira local, a prefeitura de Simões Filho; como parceira estratégica, a loja Euzaria; e como parceira certificadora a Universidade Estadual do Ceará (UECE).


Adolescentes Pâmela Agapito, Ivan Assis e Edilaine Alves dialogando sobre a construção do projeto.

Apresentação e discussão ocorrida na Escola CNID a fim de falar sobre a violência sexual que acontece dentro do ambiente escolar.

 
 
 
 

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