Integrantes da rede de proteção à criança e ao adolescente realizaram, pela primeira vez, no município de Alumínio (SP) a campanha do 18 de Maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. Intitulada “Observe! Confie! Denuncie! - proteja crianças e adolescentes do abuso e da exploração sexual”, a campanha circulou em redes sociais, escolas, ruas, casas e canteiros de obras. Mais de 15 mil pessoas, entre crianças, adolescentes, pais, mães, professores e trabalhadores foram sensibilizados e informados sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes e formas de denúncia. Colaboradores da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e de suas contratadas também aderiram à campanha, multiplicando diversas ações no canteiro de obras.

A implementação da campanha é parte do conjunto de ações do Programa VIA Rede de Proteção, uma iniciativa do Instituto Votorantim e da CBA, realizado em cooperação com a prefeitura local e com a parceria técnica do Instituto Aliança. O Programa tem o objetivo de contribuir com a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes.

O Projeto PAI, implementado por uma organização da sociedade civil, realizou uma sensibilização de pais e entrega dos folhetos. No dia 18, uma mobilização na Feira Cultural da cidade, com apresentação de grupo de rap, áudios alusivos ao tema, falas de profissionais da rede de proteção participantes do programa, abordagem educativa com entrega de adesivos e folhetos, envolveu a comunidade em geral.

Impacto

De acordo com os dados estimados pela comissão que coordenou e acompanhou a campanha, mais de 15.080 pessoas foram alcançadas pelas mensagens. Deste total, pelo menos 1.335 são crianças e adolescentes escolares, na faixa de 6 a 15 anos. Dos 195 professores da rede municipal, mais de 150 foram sensibilizados e informados sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes e formas de denúncia. As equipes reportaram que após algumas atividades, pais, responsáveis e adolescentes procuraram a direção das escolas e a equipe do CRAS para relatarem ocorrências de violência sexual e receberam mais orientações sobre o encaminhamento de denúncias.

“Foi emocionante, nunca tinha visto todo mundo falando a mesma língua. Para além da campanha, foi muito importante a mobilização. O melhor foi ver a rede trabalhar junto. Fica mais leve quando a gente divide a carga. Foi um movimento que deve criar um hábito de continuar. Foi um dia muito emocionante”, disse a ex-presidente do Conselho Municipal dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente (CMDHCA), Marta Martins, à época da campanha.

Na CBA, a mobilização de terceirizadas contou com a participação de oito empresas, que, além de utilizarem os materiais impressos cedidos pelo município, reproduziram e distribuíram internamente faixas, cartazes e folhetos, realizaram rodas de conversa e outras atividades. Cerca de 1.708 colaboradores foram alcançados pelas mensagens da campanha. Gilmara Carneiro, da CBA, deu o seguinte depoimento: “Os multiplicadores também reportaram que, após as ações, houve muita procura para relatar casos de violência sexual na família e para pedir mais orientações sobre como fazer uma denúncia”. Alan Ferreira, gerente de responsabilidade social da CBA, destacou: “Estou encantado com o trabalho que está sendo feito, interno e pela Rede, é fantástico! Estou ouvindo dos professores: que trabalho bacana”.