Formação avançada amplia perspectivas de inserção dos jovens do CDD 4.0 no mercado de tecnologia

 
 
 
Celebração da passagem para a formação avançada na cobertura do prédio do Softex, com vista para o Parque Tecnológico Porto Digital. Jovem Phillipi mostra sua exposição de fotografias da cidade do Recife no sarau. Isabela Farias faz a apresentação da startup Orgânicos PE. Mathias Soares defende a oportunidade da sua startup.

A turma 2023.1 do Projeto Com.Domínio Digital 4.0 (CDD 4.0), uma das iniciativas do Instituto Aliança na área de empregabilidade, em Recife (PE), concluiu a formação básica e iniciou a avançada, no fim de maio. Noventa e quatro jovens foram aprovados na avaliação e avançaram para a segunda etapa: 96% dos participantes alcançaram notas acima da média. O módulo avançado prevê, entre outras atividades, o Desafio das Startups, momento em que os futuros programadores colocarão em prática tudo o que aprenderam ao longo da formação.

Com 195 horas de capacitação em programação de softwares e 90 horas de socioemocionais e atividades complementares, o CDD 4.0 tem foco nas linguagens de programação (hard skills) e no desenvolvimento de habilidades socioemocionais (soft skills). Para o coordenador do projeto, Daniel Barros, trata-se de um programa inovador não só pela metodologia de formação em programação como na ênfase em soft skills. Ele explica, também, que aqueles jovens que não seguiram para o módulo avançado serão acompanhados de perto: apenas 4% dos participantes tiveram avaliação abaixo da média e vão ganhar um acompanhamento mais próximo, porque aqui ninguém solta a mão de ninguém”, garantiu o coordenador. Para que os jovens iniciassem a parte avançada da formação, um teste avaliou o conteúdo estudado em lógica da programação.

Jovens e equipe do CDD 4.0 apresentam e avaliam a formação básica e seus impactos.

Palestra com o professor Ivaldir, parte do início das atividades preparatórias para o Desafio das Startups.

Neste momento da turma, as habilidades técnicas nas linguagens de computação Python, Java e os novos conhecimentos em banco de dados têm espaço ampliado no itinerário formativo. “Essa passagem é considerada um marco importante de avaliação, tanto para os educadores como para o próprio aluno. O teste serve de estímulo para os jovens, diante de novos assuntos, novos desafios no aprendizado de novas linguagens”, analisou Daniel.

 

Ana Lessa argumenta, com base em estatísticas, no Desafio das Startups.

 

Luiz Vinícius faz a apresentação da sua equipe/startup para os jurados.


 

Rayane Reissler e Gustavo Borges fazem a apresentação em formato pitch.

 

A jovem Rayane Reissler fala da City Scan para a comissão julgadora do Desafio.

O estudante João Victor Correia, da turma do primeiro semestre de 2023, ficou interessado pelo projeto a partir do primeiro contato pelas redes sociais. À época, João conta que testava seus conhecimentos em programação voltada para games e queria “colocar o pé” no mercado profissional de tecnologia. “O CDD 4.0 era a oportunidade que estava buscando. O projeto dá o ambiente, pede esforço dos alunos e oferece as condições necessárias para aprender com professores, máquinas e mesmo com a turma”, constatou João.

Como ilustrou a jovem Iolanda Hillary, da mesma turma, “o momento de passagem de um módulo para o outro ocorreu de maneira linear, como um crescente em formato de rampa”, destacou. Ela buscava ingressar no mundo da tecnologia após deixar para trás o curso de engenharia de pesca da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). “Eu era tímida e vejo que estou mais segura. Conhecia um pouco de programação, mas estudei lógica, Java, Python e, sem notar, passamos para o Python avançado”.

Ana Lessa foi escolhida, pelo seu grupo, para fazer a apresentação em formato pitch, da mesma forma que as startups fazem no mercado profissional.

Soft skills

A educadora de Desenvolvimento Pessoal e Social, Rafaela Leão, explicou que o módulo básico do CDD 4.0 privilegiou o conteúdo de desenvolvimento pessoal e social, que amplia a visão que o jovem tem de si e do mundo em que vive. “Ações complementares como a ação solidária, a visita cultural e o sarau fizeram também parte dessa primeira etapa da formação. Dinâmicas diversas realizadas com o acompanhamento de educadores do Instituto Aliança favoreceram o autoconhecimento, o trabalho em equipe, a resiliência, a comunicação assertiva e outras competências que serão úteis para o módulo avançado”, ressaltou a educadora.

O sarau, realizado em maio, reuniu jovens das quatro turmas de 2023 para celebrar a passagem de módulo. O encontro mais que especial aconteceu na cobertura do prédio do Softex Recife, onde se localiza o núcleo pedagógico do projeto: música, poesia e celebração fizeram parte desse momento.

Desafio das Startups

O cuidado com as habilidades emocionais e os novos conhecimentos adquiridos reforçaram a confiança e o desempenho dos jovens para a fase avançada. No mês de julho, ocorrem as mentorias de preparação para participar do Desafio das Startups, um momento aguardado desde o início. “É preciso formar uma equipe, desenvolver uma ideia de negócio real para um mercado real, pesquisar a ideia, pesquisar o mercado, reunir elementos consistentes e montar uma apresentação em formato pitch, com duração de três minutos, para 'vender a ideia aos 'investidores, em uma banca julgadora independente. Os futuros programadores terão a chance de simular momentos cruciais da vida profissional e criar suas próprias oportunidades para a conquista de recursos para a realização de seus projetos”, explica Daniel, coordenador do CDD 4.0.
 

A banca de jurados, à tarde, foi composta por Daniel Sena, da TBS (à esquerda), Micaías Paiva, diretor de tecnologia do IA (centro) e Celso Calheiros, podcaster com foco em startups e tecnologia.


Saiba mais – O Com.Domínio Digital 4.0 é uma iniciativa do Instituto Aliança, em parceria com a Fundação Lenovo, Fundação Forge, Instituto Ambikira, Softex Recife e Universidade Estadual do Ceará (UECE). O projeto prepara jovens programadores em linguagens que estão em alta no mercado de tecnologia, como Python e Java, e banco de dados, com formação em habilidades emocionais importantes para o mundo do trabalho. É dirigido para jovens da Região Metropolitana do Recife que tenham renda familiar de até três salários mínimos.


A partir da esquerda, Paulo Soares, da Insole, Thiago Oliveira, da TDS, Luiz Felipe e Carol Bastos, ambos da Datamétrica, formaram a banca das turmas da manhã.

 
 
 
 

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