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Enrique Chaux fala sobre competências cidadãs. Adenil Vieira, na mesa de encerramento do evento, com os demais organizadores. Equipes do IA, SEDUC, BID e IAS. |
O que são competências socioemocionais e qual a sua importância na educação? Como educadores e gestores podem incorporar tais competências no currículo? Essas e outras questões foram discutidas no seminário Competências para a Vida: Onde Estamos e Aonde Queremos Chegar?, realizado em Fortaleza nos dias 23 e 24 de maio. Promovido pelo Instituto Aliança (IA), Secretaria de Educação do Ceará (SEDUC), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Instituto Ayrton Senna (IAS), o evento reuniu cerca de 400 convidados, entre gestores públicos, educadores e pesquisadores de diversos países.
A agenda do encontro foi dividida em três diferentes perspectivas. No primeiro bloco, O que dizem os pesquisadores?, especialistas apresentaram evidências científicas que atestam a importância daquelas habilidades na vida dos estudantes, além de propostas de organização conceitual desse campo e possíveis caminhos para as escolas promoverem esse tipo de desenvolvimento.
Neylar Vilar Lins, membro do Conselho do IA, na mesa de abertura.
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Izolda Cela, vice-governadora do Ceará, na abertura do evento. |
Entre os debatedores do primeiro bloco, estavam Ricardo Paes de Barros (Instituto Ayrton Senna/Insper), Filip De Fruyt (eduLab21 – Instituto Ayrton Senna/Universidade de Ghent), Oliver John (eduLab21 – Instituto Ayrton Senna/Universidade da Califórnia), Daniel Santos (eduLab21 – Instituto Ayrton Senna/Universidade de São Paulo), e Enrique Chaux (Universidade dos Andes).
Já no segundo bloco, O que dizem os implementadores?, foram apresentadas práticas e pesquisas sobre o tema e abordados os principais resultados e aprendizados obtidos em programas em curso no país, como as experiências do Ceará, de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Para João Marcelo Borges, especialista em educação do BID e palestrante desse segundo bloco, ainda existem diferenças de interpretação sobre os conceitos envolvidos nessa questão, mas o mais relevante é mobilizar a atenção dos atores para a emergência do tema e trazer o desenvolvimento socioemocional à pauta de ações no Brasil, tendo os professores no centro do debate.
Em sua exposição, João Marcelo apresentou os principais resultados de uma avaliação de impacto do programa NTPPS (Núcleo de Trabalho, Pesquisa e Práticas Sociais), implementado pela parceria IA-SEDUC, com a cooperação técnica do BID e de outro parceiros.
Secretário de Educação do Ceará, Idilvan Alencar, abre o evento.
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O especialista e palestrante Oliver John.
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Rogers Mendes, da SEDUC, moderador da mesa dos implementadores.
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Roberta Pontes, educadora do NTPPS, apresenta o Programa.
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Segundo João Marcelo, a avaliação mostrou que o NTPPS, cujo modelo inclui materiais estruturados, formação continuada de professores e estratégias pedagógicas que estimulam a vivência de competências socioemocionais, tem impactos positivos sobre o desenvolvimento dessas competências e, nos alunos com histórico de baixo desempenho e repetência, também promove melhoria em seu rendimento em Língua Portuguesa e Matemática.
O Seminário contou também, nesse segundo bloco, com a apresentação de Oscar Sanchez, ex-secretário de educação de Bogotá e coordenador do Educapaz, que analisou práticas pedagógicas de desenvolvimento de competências cidadãs em contextos de violência. Sanchez apresentou quais estratégias foram utilizadas para gerar transformações genuínas no desempenho dos alunos e no clima escolar e quais os resultados obtidos.
Para oferecer a visão dos educadores que estão nas escolas realizando essas transformações, uma das mesas do evento contou com cinco gestores e professores. Roberta Pontes representou o programa NTPPS, Johnnildo Azevedo explicou o programa Professor Diretor de Turma, também desenvolvido no Ceará, Neuza Viana relatou a experiência de reunir um programa de educação emocional chamado Amigos do Zippy a uma iniciativa de correção de fluxo realizada em Manaus, Sara Moura apresentou o projeto de Desenvolvimento e Avaliação de Criatividade e Pensamento Crítico realizado em Chapecó e o diretor Willmann Costa relatou a proposta de educação integral para o ensino médio desenvolvido na Secretaria de Educação do Rio de Janeiro.
Secretários de Educação do Espírito Santo, Ceará e Pernambuco, com o mediador da mesa dos decisores, Mauricio Holanda.
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Parceiros do IA ladeando palestrantes colombianos, Oscar Sanchez e Enrique Chaux.
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João Marcelo, BID, com a equipe do IA e SEDUC CE.
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Palestrantes da mesa dos decisores com instituições organizadoras do evento.
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Equipe do IA do Ceará, um dos grupos organizadores do evento.
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Adenil Vieira na mesa de encerramento do evento.
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Por fim, no terceiro bloco, O que dizem os decisores?, secretários de Educação debateram as oportunidades e os desafios para a implementação de inciativas para o desenvolvimento das competências socioemocionais em larga escala, nas redes de ensino e em diferentes tipos de escola. Além do secretário de Educação do Estado do Ceará e presidente do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), Idilvan Alencar, participaram da mesa os secretários de Pernambuco e do Espírito Santo, Frederico Amâncio e Haroldo Rocha, respectivamente. Outros cinco secretários estaduais de Educação de diferentes regiões do país estiveram presentes ou representados no evento.
Idilvan Alencar lembrou aos professores e gestores presentes que a formação de educadores é fundamental para levar o desenvolvimento de competências socioemocionais para a sala de aula. “O socioemocional não é mais um tema para ser tratado nas aulas, e também não é um slogan, é um fundamento para a educação oferecida nas escolas; como fundamento, precisa estar trabalhado nos materiais e nas formações de professores”, defendeu.
Nessa mesma linha de raciocínio, Adenil Vieira, diretora do IA, complementa: “Neste momento em que as redes de ensino médio encontram-se no esforço de transformar a educação de tempo parcial em integral, introduzindo nos currículos novos conteúdos, a exemplo das sócioemocionais, fundamental será alimentar essas redes com pesquisas e modelos de boas práticas como os aqui apresentados, difundindo-os e criando as condições para sua implementação”.
“Esse Seminário confirma que as competências socioemocionais entraram na agenda nacional com a maturidade conceitual e metodológica necessária para legitimá-las como parte integrante e fundamental dos currículos escolares, tanto do ensino médio como do fundamental“, conclui Adenil.
Para Ilma Oliveira, diretora do IA, as competências socioemocionais estão diretamente ligadas à missão do Instituto Aliança e, por isso, o envolvimento da instituição com o tema vem de longa data. “Tem a ver com a nossa missão de transformar e redirecionar vidas por meio da educação. Percebemos esta potente ferramenta como um caminho para o desenvolvimento de jovens, professores, famílias e comunidades, na direção da construção de uma vida saudável e sustentável”, afirmou Ilma.
Visão do auditório: 400 participantes. |
Palestrantes, parceiros, equipe do IA, BID e SEDUC. |
Equipes do IA e da SEDUC com o ex-secretário Mauricio Holanda e o representante do Instituto Walmart e da Fundação Walmart, Edmilson Junior. |
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