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Equipe do IA na formação voltada para profissionais da Rede de Proteção de Valéria, com foco na indução de práticas antirracistas na primeira infância. O encontro reuniu agentes públicos e organizações da sociedade civil. Profissionais da rede de Valéria participando da formação em práticas antirracistas. Reunião de planejamento para a implementação do Indique Salvador com a gestora Carla Martins e a coordenadora Adelaide Francisca no CMEI João Paulo I, mediada por Ana Raquel Bezerra e Jacira Santos, ao aderirem a UAPI.
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Durante os meses de abril e junho, o Instituto Aliança (IA), por meio do Projeto Valéria Tá Valendo, intensificou as ações no bairro de Valéria, em Salvador. Foram implementadas metodologias desenvolvidas pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), voltadas à autoavaliação da educação infantil e das relações étnico-raciais em 10 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) e creches e em 6 escolas municipais de Ensino Fundamental I e II do bairro. As ações se configuram como instrumentos potentes na promoção de uma educação inclusiva, democrática e de qualidade.
Com atuação em quatro escolas infantis e creches municipais de Valéria nos últimos dois meses, o IA realizou ações dos Indicadores de Qualidade na Educação - Indique Infantil, nos CMEIs que aderiram à Unidade Amiga da Primeira Infância (UAPI). Entre elas, estão: apoio para a construção do planejamento de implementação do Indique Salvador (indicadores da prefeitura) do CMEI João Paulo VI acompanhamento da aplicação no CMEI Paulo Bispo Braz; e implementação no CMEI Abdias Nascimento.
Foram realizados três encontros de implementação e um de planejamento com um público total de 145 participantes, entre gestoras, professores, coordenadores pedagógicos, famílias e profissionais de educação, porteiros, profissionais das secretarias, merendeiras e auxiliares dos três CMEIs. A previsão é que aconteçam mais encontros em 2024 para a construção dos Planos de Ação.
"O processo de implementação da avaliação Indique Infantil no CMEI Abdias Nascimento foi um momento único, democrático e participativo. A condução das queridas Ana e Juci nos levou a um caminhar tranquilo e representativo, permeado por fatores endógenos e exógenos de forma a melhorar cada vez mais a nossa Unidade Escolar. Gratidão por todo apoio nesta linda jornada!", partilhou a gestora do CMEI Abdias Nascimento, Tainá Magalhães.
Apoio pedagógico realizado pela mobilizadora do Eixo Educação que Protege, Ana Raquel Bezerra, no CMEI Csu João Paulo I, na implementação do Indique Infantil.
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Apoio pedagógico realizado pela mobilizadora do Eixo Educação que Protege, Ana Raquel Bezerra, no CMEI Csu João Paulo I, na implementação do Indique Infantil.
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Jacira Barreto em visita de acompanhamento das estratégias construídas no plano de Ação do Indique Infantil, no CMEI Paulo Bispo Braz.
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Implementação do Indique Salvador no CMEI Abdias Nascimento realizado por Ana Raquel Bezerra e Jacira Barreto.
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Relações Étnico-Raciais – O IA também realizou a implementação dos Indicadores de Qualidade na Educação - Relações Raciais em seis escolas municipais de Ensino Fundamental I e II do território de Valéria. A Organização já realizou a autoavaliação e está construindo o Plano de Ação nas escolas municipais Olga Mettig, Ítalo Gaudenzi, Milton Santos, São Francisco de Assis, Professor Afonso Temporal e Nossa Senhora Aparecida. Ao todo, 15 encontros foram realizados, com um público total de 257 participantes, entre eles: gestores, professores, coordenadores pedagógicos, famílias e profissionais de educação (porteiros, secretárias, merendeiras e auxiliares). A previsão é de que aconteçam mais encontros, totalizando seis escolas com Planos de Ações concluídos.
Ainda no âmbito da “Educação que protege”, a partir do eixo dos Mecanismos de Proteção contra a Violência, da #AgendaCidadeUnicef, o IA tem realizado a capacitação técnica no território de Valéria, a partir do Projeto Valéria Tá Valendo. Direcionada a profissionais e atores estratégicos, as formações têm como foco a discussão de práticas antirracistas na primeira infância e implementação da Lei 13.431/17 - com especial enfoque nos temas da prevenção e enfrentamento do racismo e violências de gênero e nos parâmetros para a escuta especializada pelos atores setoriais da Rede.
“Dialogar sobre práticas antirracistas na educação hoje é fundamental para construir uma sociedade mais igualitária e consciente, e isso precisa começar mesmo desde a educação infantil. Garantir que essas crianças recebam uma formação que valorize a diversidade para combater o preconceito racial desde cedo é essencial, e o Lar Joana Angélica se preocupa em criar um ambiente educacional que promova a representatividade. Então, as formações promovidas pelo IA são muito importantes, sobretudo em comunidades como Valéria", afirmou a coordenadora da ONG Lar Joana Angélica e participante da capacitação, Jussara Rocha.
A formação também foi bem avaliada pela agente comunitária de saúde, Itamar Santos Bispo: “Eu, como cidadã valeriana e agente comunitária, estou vivenciando coisas que nunca vivenciei na Valéria. Nunca antes houve no meu território uma preparação como essa para a comunidade. Isso está sendo incrível para mim”. A capacitação é uma iniciativa integrada com o propósito de garantir os direitos de crianças e adolescentes mais vulneráveis, por meio de políticas e programas mais efetivos de enfrentamento de todas as formas de violência e de promoção de oportunidades. Ministrada pela equipe de consultores do Instituto Aliança em formato presencial, os profissionais que concluem a formação são certificados pela Universidade Estadual do Ceará (UECE).
Implementação do Indique Salvador no CMEI Abdias Nascimento, realizada por Ana Raquel Bezerra e Jacira Barreto, com a participação das famílias, professoras e demais profissionais de educação da instituição. |
Implementação do Indique Salvador no CMEI Abdias Nascimento, realizado por Ana Raquel Bezerra e Jacira Barreto, com a participação das famílias, professoras e demais profissionais de educação da instituição, ao aderirem à UAPI.
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Implementação do Indique Salvador no CMEI Abdias Nascimento, realizado por Ana Raquel Bezerra e Jacira Barreto, com a participação das famílias, professoras e demais profissionais de educação da instituição, ao aderirem à UAPI.
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Próximos passos – O plano de ação da Escola Comunitária das Irmãs Ancilas do Menino Jesus está sendo acompanhado por Jacira Barreto. Ela realiza visitas à instituição e apoia a construção de estratégias e comunicação de possíveis entraves, dando o direcionamento pedagógico necessário para que o plano de ação esteja no foco da instituição e responsáveis pelas estratégias. Os CMEIs aderiram à UAPI do UNICEF e estão em fase de construção dos planos. A equipe do IA está em diálogo com as gestoras, acompanhando o desenvolvimento das próximas etapas para contribuir com cada Instituição.
"Ao ser convidada a ler os indicadores e estudar a metodologia, fiquei impactada por realizar minha própria autoavaliação, percebi a potência do documento e como ele mexia em camadas profundas e convidava a conscientização, de cada profissional da educação, a enxergar o racismo nas escolas e o seu silenciamento”, compartilhou Irmã Jacira Barreto, sobre sua experiência com o Indique.
Para a diretora do IA, Ilma Oliveira, o Projeto Valéria Tá Valendo tem trazido impactos consideráveis nas escolas do bairro. “O trabalho desenvolvido pelo IA através da Educação que Protege em dez escolas municipais de Valéria já está apontando para transformações visíveis nas práticas escolares a partir da reflexão e implicação de todos os atores da escola nesse processo de mudança, como foco na qualidade do atendimento a crianças. Então, esse é o ponto que consideramos mais importante, transformador e sustentável da proposta. São metodologias que ficam e envolvem toda a comunidade escolar (família, estudantes, professores), um movimento de muita potência e transformação”, afirmou Ilma.
Sandra Santos, consultora do IA, ministrando a formação no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) de Valéria.
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Com o tema "Racismo estrutural e infâncias negras, a formação, promovida pelo projeto Valéria Tá Valendo, ocorreu no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) de Valéria.
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Com o tema "Racismo Estrutural e infâncias negras", a formação, promovida pelo projeto Valéria Tá Valendo, ocorreu no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) de Valéria. |
O encontro propôs fortalecer a rede de proteção à criança e ao adolescente do território de Valéria, estimular práticas antirracistas e potencializar o enfrentamento das violências. |
Tássio Sarroci, da equipe do IA do projeto VTV, na formação de práticas antirracistas.
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Alan Sueira, da equipe do IA do projeto VTV, na formação de práticas antirracistas.
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A atividade fez parte de uma proposta de formação e fortalecimento da Rede de Proteção de Valéria e proporcionou um momento de compartilhamento e de denúncias de diversas situações marcadas pelo racismo. |
Adriana Nascimento, consultora do IA, ministrando a formação em práticas antirracistas, com foco na primeira infância, nas Irmãs Ancilas, direcionada para as famílias. |
Saiba mais – O Projeto Valéria Tá Valendo é parte da #AgendaCidadeUNICEF em Salvador, uma iniciativa do UNICEF realizada em parceria com a Prefeitura de Salvador e parceria técnica do Instituto Aliança. Valéria fica localizado à margem esquerda da rodovia BR-324, que liga a capital à cidade de Feira de Santana, no Portal do Sertão, e a cerca de 23 quilômetros do centro da metrópole. De acordo com dados do ObservaSSA, o bairro conta com uma população total de 26.210 habitantes, tendo a sua maior parte autodeclarada parda (54,72%) e preta (28,54%), do sexo feminino (51,14%) e na faixa etária de 20 a 49 anos (50,14%).
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