IA assessora Anpecom na elaboração da Política de Proteção de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade

 
 
 

Etapas da atividade em grupo na perspectiva do florescimento humano. Jovens reunidos e orientados por meio da metodologia Café Latino, para abordar os temas sobre cuidado e proteção. Curiosidade e pesquisa durante os trabalhos de grupo.


A Associação Nacional por uma Política de Comunhão (Anpecom), que representa o movimento da economia de comunhão no Brasil, está na fase de escuta do público beneficiário em um processo de elaboração da Política de Proteção de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade. O Instituto Aliança (IA) tem colaborado com a formulação, por meio de assessoria técnica à Anpecom. O encerramento do processo está previsto para o mês de outubro.

A Porticus, organização internacional que administra e desenvolve programas filantrópicos, parceira do IA, chamou a atenção da Anpecom para a importância de um documento como a Política de Proteção de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade e sobre a necessidade de criá-lo. Deste diálogo entre organizações parceiras nasceu a assessoria do Instituto à Anpecom.


 

Alinhamento conceitual da formação PPP.

 

Equipe da Anpecom no encontro para a formação no tema da PPP, conduzida pela equipe do IA.

 

Oficinas jovens Tikuna.

  Oficinas jovens Tikuna.

 

Jovens da etnia Tikuna durante a apresentação de
atividade sobre proteção
.

  Jovens Tikuna falando sobre proteção e cuidado.


O primeiro passo foi dado em três encontros para alinhamento conceitual: 1- O que é uma política de proteção a pessoas em situação de vulnerabilidade, 2- Por que é necessário ter uma política dessa natureza e 3- O que são violências? Realizadas no mês de junho, as atividades foram conduzidas por Ilma Oliveira, diretora do Instituto Aliança, Márcio Lupi, coordenador de projetos da área de Direitos Humanos, e Sandra Santos, consultora do IA. No formato remoto, os encontros abordaram assuntos como o que se entende por situações de violência, o que é exploração sexual e quais as diferenças entre abuso e assédio, entre outros.

“Contar com o apoio do IA para a construção da política de proteção da Anpecom foi de suma importância. Além de toda a experiência que possui com o tema, a equipe do IA que esteve conosco tem um olhar humanizado e técnico, o que nos ajudou a perceber a importância da adoção de medidas concretas que vão além do papel”, avaliou o diretor de operações da Anpecom, Jomery Nery. Ilma Oliveira, diretora técnica e coordenadora da área de Direitos Humanos e Participação Social e Política do IA, reforçou a ideia de que as políticas de proteção colaboram na defesa e na garantia de direitos. “Entre outras coisas, uma política de proteção promove e dissemina boas práticas da integridade das instituições, gerando um verdadeiro pacto contra toda e qualquer conduta que interfira na liberdade, no respeito e na dignidade da pessoa humana”, explicou Ilma.


Momento de descontração durante dinâmica sobre florescimento.

 

Apresentação da atividade sobre “o que me faz
sentir protegido ou protegida?”.

  Atividades integradas à natureza, feitas na beira do rio.


Escuta das comunidades
– No mês de julho, a organização deu o segundo passo: a escuta do público beneficiário. A partir de trocas e orientações facilitadas pelo Instituto Aliança, foram realizadas oficinas na região amazônica, dentro do contexto do Projeto Amazônia Viva - uma parceria com o sistema B na Amazônia e com o apoio da Porticus. As oficinas básicas de fotografia (Amazônia Stock – Associação Zagaia - Manaus), nas cidades de Benjamin Constant e Acajatuba, foram voltadas para 25 jovens das etnias Tikuna e Kokama e para outros 25 jovens de comunidades ribeirinhas.

“Diante da evidente limitação de expressão escrita e verbal por parte dos participantes dos dois grupos (Benjamin Constant e Acajatuba) e da delicadeza do tema, propôs-se uma dinâmica denominada Café Latino”, explica Clézia Pinto (Dima), gestora do Projeto Amazônia Viva/Facilitadora de Processo de Aprendizagem da Anpecom/Ponto focal da Política de Proteção. “Cada participante tinha a chance de passar em várias mesas para completar as frases abaixo, ora desenhando, ou colando imagens, ou escrevendo a resposta: ‘Eu me sinto cuidado(a) quando… Eu me sinto seguro(a) quando… Eu me sinto protegido(a) quando…eu me sinto em perigo quando… Eu me sinto abandonado(a) quando…’. As respostas indicaram o quanto a vivência foi adequada e pode extrair elementos e informações importantes, tanto no foro mais interno quanto no âmbito mais externo de suas relações com os outros, com o mundo”, avaliou Dima.

A Política de Proteção de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade está prevista para ser concluída em novembro. Até lá, os próximos passos são a continuidade na escuta de outros públicos, entre eles as empreendedoras e empreendedores de base comunitária. A partir daí, acontecerá a escrita e a submissão do documento ao Conselho Deliberativo da Anpecom, para então iniciar a sua implementação

Economia de Comunhão – A Economia de Comunhão nasceu da inspiração da líder civil e espiritual Chiara Lubich e se tornou um movimento global que vive pela erradicação da pobreza, por um mundo mais justo, regenerativo e fraterno e tem como valores a Fraternidade, a Coerência, a Interdependência e a Reciprocidade.


Saiba mais – ANPECOM: sigla para Associação Nacional Por Uma Economia de Comunhão, a ANPECOM surgiu cerca de 14 anos depois do nascimento da Economia de Comunhão, com objetivo de se tornar o braço jurídico da EDC no Brasil. Ao longo dos anos, pessoas de todos os cantos do país, inquietas por um modelo econômico que retornasse os olhos para as pessoas e não para o material, se uniram a ideia para construírem, juntos e juntas, uma estrutura voltada para projetos que fazem a diferença no mundo. Hoje, muitos dos projetos apoiados por esse movimento vivo seguem a proposta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, as ODS.

 

Concentração e reflexão durante a dinâmica do
florescimento.

  Continuação das apresentações na atividade “o que
me faz sentir protegido ou protegida?”.

Equipe técnica da ANPECOM e jovens de Acajatuba na conclusão da atividade.

 
 
 
 

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