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Palco Aberto Polo Centro e Polo Valéria. |
Entre 30 de agosto e 2 de setembro, no formato de Palcos Abertos, as Escolas Criativas Boca de Brasa (ECBB) apresentaram gratuitamente os resultados de suas oficinas e trilhas formativas. A ação é uma iniciativa da Prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Gregório de Matos (FGM), e tem a parceria do Instituto Aliança (IA). A programação contou com apresentações de teatro, sarau, dança, música, poesia e audiovisual e incluiu a certificação dos/as participantes, como reconhecimento aos trabalhos que criaram e apresentaram a partir das aprendizagens adquiridas nas formações.
O projeto de assessoria técnica e pedagógica do IA tem a missão de promover a arte, a cultura e a economia criativa na perspectiva da valorização das identidades dos sujeitos, da inovação e do desenvolvimento pessoal, social, cultural, econômico e político. Desde a concepção, o IA apoiou a implementação da metodologia, incluindo a elaboração dos documentos referenciais e do edital que contratou as mais de 300 organizações que participam do projeto hoje.
Palco Aberto Polo Centro. |
“A metodologia é composta por quatro macroetapas: mobilização e seleção, formação, mentoria e difusão dos resultados. O Instituto Aliança atua no monitoramento da implementação da Escola Criativa Boca de Brasa, apoiando as organizações no desenvolvimento da metodologia e acompanhando o alcance de objetivos e metas previstos”, explicou a diretora do IA, Ilma Oliveira. Os Palcos Abertos situam-se no encerramento da segunda macroetapa, de formação, com certificação das organizações participantes. Para a terceira macroetapa, serão selecionadas 10 entre as 30 iniciativas participantes que, além da mentoria para o fortalecimento das ações dos pontos de vista produtivo, técnico e artístico, receberão um “recurso semente” de dez mil reais.
Palcos Abertos – A programação dos Palcos Abertos levou arte para os quatro cantos da cidade. No Teatro Gregório de Matos, sede do Polo Centro, aconteceu no dia 30 de agosto um sarau com oralização de poesia, música, poemas visuais e poemas-objeto, com recursos de som e iluminação. Na sequência, o público conferiu o espetáculo baseado na peça “A filha de Ayrá”, de Lulna Mendonça, com experimentações coletivas e dramaturgia de Gabriel Carvalho, e a apresentação de documentários realizados pelos alunos de Lab Doc.
No Subúrbio 360º, nos dias 30 e 31 de agosto, aconteceu uma instalação sensorial. O espaço recebeu também uma feira com expositores e empreendedores, visitação da instalação e palco aberto com certificação. A programação incluiu, ainda, a exibição de vídeos e apresentações artísticas nas áreas de dança, música e performance.
Palco Aberto Polo Valéria. |
“Participar dessa cerimônia de culminância da Escola Criativa Boca de Brasa aqui do Polo Subúrbio/Ilhas foi um momento especial na minha caminhada. Primeiro, porque participei como cocriador do espaço sensorial e ao ver tudo pronto e funcionando foi emocionante, foi lindo. Foi empolgante também ver as pessoas circulando no espaço e interagindo com nossas criações, com nossos saberes, com os sabores do nosso subúrbio. Já ao entrar no espaço do teatro e assistir a todas as apresentações do palco aberto foi mais que emocionante. Gratidão a todos que se doaram, gratidão à Fundação Gregório de Matos e um viva à Escola Criativa Boca de Brasa”, declarou Carlos Sales, do Polo Subúrbio/Ilhas.
No Sesi Casa Branca (Cidade Baixa), no mês de setembro, no Palco Aberto do dia, houve certificação e apresentação das linguagens artísticas inscritas, além da participação de estudantes da técnica no processo da apresentação. Por fim, no CEU de Valéria, aconteceu sarau, com apresentações de dança, música, teatro e audiovisual, finalizando com a certificação.
Palco Aberto Polo Valéria. |
“Todas as experiências, dentro do desenho geral das ações, vão expandir ainda mais, pelo menos até o fim de 2023, possibilitando que mais pessoas tenham contato com produções artísticas nos mais variados segmentos. Aquelas iniciativas que de fato se destacaram ao longo desta etapa serão levadas para o Festival Boca de Brasa, que vai acontecer em dezembro, como ação de culminância”, contou a coordenadora de monitoramento do Instituto Aliança, Mariah Oliveira.
Ainda sobre os Palcos Abertos, Erotildes Santos, também da equipe do IA que cuida do monitoramento do projeto, apontou para aspectos concretos identificados na execução das ações. “Participar dos Palcos Abertos, realizados nos 4 Polos Boca de Brasa, foi ver a concretização do propósito de uma política pública se tornar realidade a partir do trabalho de muitas mãos, dentro e com a participação de comunidades e centros periféricos, gerando oportunidade para que iniciativas culturais e criativas pudessem ser vistas, reconhecidas e certificadas”, explicou. Ela destacou que os resultados apresentados pelo trabalho das Escolas Criativas Boca de Brasa, durante os Palcos, servem também para incentivar a continuidade do investimento em ações culturais como estratégia de enfrentamento de todas as formas de violência "gritadas"/denunciadas pelos participantes em seus trabalhos artísticos.
Em paralelo aos Palcos Abertos, também está acontecendo o lançamento do edital Boca de Brasa para o próximo ano. A ideia é que sejam atendidos seis polos. Para isso serão selecionadas novas organizações.
Palco Aberto Polo CBX.
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Palco Aberto Polo CBX.
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Palco Aberto Polo CBX.
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Palco Aberto Polo CBX.
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Saiba mais – A realização do projeto Escola Criativa Boca de Brasa envolve quatro organizações parceiras – Iceafro, Nubas, Conexões Criativas e Pontos Diversos –, uma iniciativa da Gerência de Equipamentos Culturais da Fundação Gregório de Matos (FGM), órgão gestor das políticas culturais municipais, vinculado à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo – SECULT, que responde pela implementação do Plano Municipal de Cultura de Salvador – PMC, e que atua em conjunto com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda (SEMDEC) na implementação da escola.
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